Departamento de Artes da UFPr
Revista Eletrônica de Musicologia
Vol. 2.1/Outubro de 1997
Sinopses
Editorial/Home


BREVE RESENHA DAS CONTRIBUIÇÕES DE SCHENKER E SCHOENBERG PARA A ANÁLISE MUSICAL

Marcos Branda Lacerda

Schenker e Schoenberg desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da teoria musical. Branda Lacerda discorre sobre a obra teórica desses dois músicos e analisa os seus conceitos básicos.


A PERIGOSA QUESTÃO DA MÚSICA MODERNA NA CONTROVÉRSIA ENTRE BUSONI E PFITZNER

Vânia Schittenhelm

O papel de Ferruccio Busoni na história da teoria musical não tem sido suficientemente compreendido. Ao mesmo tempo em que ele é considerado um pensador visionário, que previu o emprego de instrumentos eletrônicos, lutou pela expansão da linguagem tonal e pela inclusão de procedimentos microtonais, ele tem sido visto por muitos críticos como sendo um artista conservador, cujas obras parecem contradizer tais idéias inovadoras. Essa visão dicotômica só prejudica a nossa compreensão das implicações da sua produção teórica e composicional. Ao invés de apenas comparar a sua obra com os seus ideais estéticos, deve-se confrontá-la com o seu contexto maior e relacioná-la com as mudanças culturais que estavam ocorrendo nas artes no início do século XX. A obra busoniana pode então ser entendida como a cristalização das tensões implícitas no conceito de modernidade. A sua análise revela aspectos importantes da fase inicial do modernismo e de outras formas de manifestação artística que são geralmente excluídas do cânone modernista. A controvérsia entre Busoni e Hans Pfitzner sobre o livro Esboço para uma Nova Estética Musical informa essa discussão.


SCHOENBERG E A FUNÇÃO TONAL

Norton Dudeque

Este artigo discute a noção de função tonal na teoria schoenberguiana. Relacionado a este assunto encontram-se os conceitos de funções gerais e específicas, assim como: transferência de função por imitação de um modelo tonal, transformação de acordes, e uma categoria especial de acordes, os acordes vagantes.